Mágico, surreal. Foram com essas palavras que a biomédica e estudante de biologia de 25 anos Mirella Guiraldelli de Souza definiu essa última semana em Passos. Ela nos contou sua experiência durante o Piquenique da Estação que aconteceu no domingo, 18 de junho na Estação Cultura. Além de comemorar 2 anos de existência, o evento marcou o fim do 1º Festival Nacional de Teatro de Passos.
O Festival começou no dia 13 de junho e durante seis dias ofereceu principalmente à população passense, peças, oficinas e shows gratuitos. Mirella, porém, só participou do último dia, devido à grande procura pelos ingressos. “A gente não conseguia pegar os ingressos a tempo, o único dia que consegui pegar foi hoje e foi bem legal”, contou a biomédica.
Em todas as edições do Piquenique, em um determinado momento, acontece a “Dança das Mulheres” em que elas formam um círculo e dançam unidas. Mirella, que já compareceu aos eventos anteriores, nunca teve coragem de dançar, mas neste domingo sua mãe veio com ela e a incentivou, como em muitos outros momentos de sua vida, e juntas decidiram aderir. “A dança pra mim passa união, a força da gente estar na mesma sintonia, com o mesmo ideal. Me senti renovada e energizada”, explicou.
Sobre esse momento cultural da cidade a estudante de biologia afirma ser muito enriquecedor, já que, para ela, Passos é carente de cultura. “É isso aí, acrescentar e levar cultura pra todo mundo que quer ter acesso”, finalizou Mirella.
Essa opinião é compartilhada até por quem é de fora, como é o caso de Glória Maria Coutinho Cardoso, 70 anos, que nasceu em Icaraí, mas hoje mora em Niterói, Rio de Janeiro. Em visita à filha e ao neto que moram em Passos, essa foi a primeira vez que Dona Glória participou do Piquenique da Estação. Para ela é importante ter sempre algo que nos motive a pensar na cultura. “A cidade [Passos] não tem nada de recreativo, pelo menos [o Piquenique] é um incentivo para que as pessoas venham passar o domingo”.
O Homem banda
Uma das atrações de encerramento do 1º Festival Nacional de Teatro de Passos foi a intervenção do homem banda, apresentada pelo músico gaúcho Mauro Lauro Paulo Bruzza. O número é executado com um conjunto musical de 22 instrumentos, como o acordeom, apitos, buzinas e percussão.
Entre músicas, brincadeiras e interações o homem banda reuniu uma multidão no gramado da Estação Cultura e celebrou o fim do Festival. Em um dos momentos de descontração, o músico entregou uma flor de plástico para uma senhora da plateia. Era a arquiteta Denise Silva Salgado Reis, 42 anos.
Natural de Passos Denise contou que foi a primeira vez que decidiu vir ao Piquenique e apesar da vergonha adorou participar do show, bem como do Festival. “Passos estava precisando de uma iniciativa assim, achei super importante e espero que ano que vem tenha novamente”, relatou a arquiteta.
Denise parabenizou toda a equipe da organização do Festival e sugeriu que outros eventos sejam criados em Passos para que a cidade possa criar laços culturais cada vez mais fortes.
De acordo com a Assessoria de Comunicação do 1º Festival Nacional de Teatro de Passos o evento superou e, em muito, todas as expectativas, tanto de público como em qualidade dos espetáculos. “Foram mais de 20 mil pessoas que assistiram às 25 peças, 3 shows, 5 oficinas e compareceram à Festa Grega. A cerimônia de encerramento foi um show à parte e a Adesc Regional e todos os organizadores estão felizes com o resultado, já contando com o apoio de todos para o segundo festival”, disse Adriana Dias.
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