Por Carolina Ribeiro,
estudante do 3° período de jornalismo
Em abril deste ano, a polícia deflagrou uma operação, motivada por investigação do ministério público do estado de Goiás, para apurar um esquema de manipulação feita por casas de apostas esportivas. Essas casas de apostar funcionam de maneira muito simples, oferecem probabilidades de resultados de eventos esportivos (as famosas odds) e atraem pelas altas quantidades que você pode ganhar caso acerte o resultado.
Ao acessar o site de apostas, o indivíduo escolhe um dos resultados exibidos nas páginas. Se esse resultado for cumprido, o apostador ganha o dinheiro investido mais o lucro da aposta. O Ministério Público de Goiás (MP-GO) denunciou à Justiça 16 investigados por fraudes em jogos de futebol. Pelo que se sabe até aqui, os jogadores provocaram expulsões e pênaltis, que estavam previstos nas apostas, em troca de parte do dinheiro ganho com as apostas, ou eles mesmos apostavam usando outros nomes.
Edilson Pereira, 45, é vendedor de uma franquia e apostava com frequência (mesmo não ganhando sempre). Ele revelou estar desanimado após o escândalo de fraude e que praticamente não joga mais. Já Kauã Ribeiro, 19, disse que aposta há 2 anos por diversão e entretenimento. O estudante ganhou muito dinheiro com as apostas feitas e não gosta de pensar na quantidade de dinheiro que já perdeu com elas.
Sobre as fraudes, ele disse que já esperava que isso ia acabar acontecendo, o esquema permite que qualquer pessoa possa fazer apostas, e no Brasil tem jogadores que recebe muito pouco em divisões inferiores. Ele não parou com as apostas, porque no seu esquema não interferiu os ganhos e perdas.
O esclarecimento do caso está agora com o Congresso. O deputado Felipe Carreras (PSB-PE), que é o relator da CPI das Apostas Esportivas, afirmou em declaração à DW que quer “jogar luz nesse escândalo”, ele chamou esse caso de “o maior esquema de fraude do futebol brasileiro”.
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