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Cresce o interesse por cabelos cacheados e crespos no Brasil



Crédito: Reprodução/Instagram

Por Luiza Parreira

3° período de Jornalismo

Após diversos comentários preconceituosos e horas no espelho intercalando entre a escova progressiva e a chapinha, as pessoas estão assumindo seus cabelos com a forma natural. Com isso cresce o número de salões especializados que oferecem serviços e produtos para esse público.


Durante muito tempo, esses tipos de curvatura de cabelo eram enxergados pela sociedade de forma negativa. É possível contar nos dedos quantos protagonistas em novelas ou filmes que tinham cabelos cacheados ou crespos. Porém, conseguimos listar por uma eternidade aqueles que possuíam o “invejável” cabelo liso, que era objeto de desejo de muitas mulheres. Dito isso, é evidente o auxílio da mídia nessa narrativa que se perdurou por muitos anos.


“No filme “O Diário da Princesa”, a personagem principal descobria que era da realeza e em um dos seus processos pra se tornar parte da família real, ela precisou alisar seu cabelo sob justificativa que precisava andar alinhada. Na época, isso ecoou forte em mim e fiquei alisando meu cabelo quase todos os dias.” disse a estudante Raissa Bicalho.


Outro fator, que auxiliava essa problemática era a falta de produtos adequados para esses tipos de cabelos. Atualmente, as grandes marcas já oferecem linhas próprias para cada tipo de curvatura e existem salões que disponibilizam tratamentos adequados. Dona de um espaço especializado, Fernanda Fernandes, nos conta que é importante frequentar esses ambientes, pois são locais onde as pessoas podem depositar confiança de que não haverá danificação no cabelo e não precisarão sentir vergonha de ser quem são. Passarão por uma mudança de forma natural, sem química.


De acordo com uma pesquisa feita pelo Google BrandLab, em 2017, a busca por cabelos cacheados no Google foi maior do que a de cabelos lisos, pela primeira vez no país. Os dados apontam um crescimento de 309% por cabelos crespos e um aumento de 232% por cabelos cacheados. É notável, que esse problema tem enfraquecido, dado que cada vez mais homens e mulheres estão se permitindo ao autoconhecimento e empoderando-se e consequentemente aceitando conviver com seus fios naturais.


Fernanda Fernandes e Raissa Bicalho relatam suas histórias sobre a transição e afirmam que a pandemia foi o momento que decidiram realizar essa mudança. “Quando começou esse período, decidi entrar na transição capilar e comecei a pesquisar sobre o universo dos cabelos naturais com curvatura. O grande motivo de aceitar meu cabelo foi a questão de poder ter um local de fala, de testar os produtos e finalizações que trabalho e poder ajudar outras pessoas a cuidarem de seus cabelos de forma natural.” Já para a estudante quando começou a pandemia, não havia necessidade de fazer progressiva pois não havia a possibilidade de sair de casa. Com isso, ela decidiu fazer a transição e afirma que aceitou muito mais seu cabelo e se vê muito mais bonita agora do que com ele liso.

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