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A consolidação da era digital durante a pandemia: transformações no comportamento socioeconômico

Atualizado: 8 de out. de 2021

Por: Hannah Gomes


Situações extraordinárias mudam seu entorno como um efeito dominó. Não seria diferente no enfretamento de uma pandemia, inesperada, e sem precedentes paro nosso século. Desde 2019, quando surgiram os primeiros casos em Wuhan, cidade chinesa, a luta para sobreviver ao Covid-19 foi travada. Contudo, luta tal que não seria somente tópico de saúde pública, mas também social e econômica. A pergunta que paira sobre os especialistas é se o legado será positivo ou negativo.


Quase que instantaneamente a taxa de desemprego em rápido crescimento, trabalhadores informais impossibilitados de executar seus serviços normalmente, e os países criando caminhos para manter acesa a “chama” do capitalismo. Em contrapartida, muito se viu – e se vê – profissionais conseguindo se reinventar, adentrando o universo tecnológico para oferecer seu trabalho ou mesmo tentar algo novo, talvez um sonho que estava no papel.


Muitas campanhas regionais que incentivavam o consumo em comércios menores foram veiculadas e obtiveram certo resultado. Isso porque a crise expos a solidariedade que estava implícita na correria do dia a dia. Um dos poucos efeitos positivos vindos da pandemia – que infelizmente não pode ser comemorado, já que ocorreu às custas de muitas vidas.

Novas rotinas no mercado de trabalho e economia digital


Enquanto as coisas não se normalizam, novos costumes são adquiridos no âmbito socioeconômico. Com os restaurantes fechados, o setor de delivery disparou. A startup Mobills realizou um estudo que revelou que o uso desse serviço cresceu cerca de 94%. A pesquisa foi realizada com usuários do APP da Mobills, e levou em conta os principais aplicativos de delivery: Rappi, Ifood e Uber Eats. Uma matéria completa sobre o estudo está disponível no site idinheiro.com.br especializado em assuntos financeiros.

Por um lado, este fato abriu porta para empregar muitos indivíduos. Por outro, as fórmulas de pagamento on-line ou com cartão de crédito também dispararam, o que reteve a circulação de dinheiro de papel no mercado brasileiro, por exemplo. A isso, deve-se o lançamento da nova cédula de R$ 200.


O consumo digital cresceu gritantemente durante este período, e as lojas físicas tiveram que se remodelar tornando-se digitais. Em entrevista ao g1.com, para a coluna de economia, Thiago Chueiri, diretor de Desenvolvimento de Negócios do PayPal Brasil, afirmou a migração de consumidores e empreendedores para as lojas virtuais.

"A pandemia refletiu a digitalização de uma série de empreendedores e consumidores. Usuários que tinham algum tipo de restrição, seja de segurança ou de comportamento, começaram a experimentar esse mundo digital"

E agora, muitos setores terão de fazer o caminho inverso ou equiparar-se de alguma maneira à facilidade do serviço quando ofertado on-line. Produtos exclusivos, excelência no atendimento, ambiente agradável e seguro podem ser alguns diferenciais.


Como se assistíssemos um filme, cheio de reviravoltas, sem que se possa saber qual será o final, caminhamos com os destroços da pandemia para um futuro incerto. O novo normal se mostra um tanto desanimador: o comércio sofrendo impactos ainda maiores com reaberturas frustradas, preços de mercadorias básicas subindo, e recentemente um descontrole do isolamento social. Os impactos desta pandemia ainda estão em construção, e por enquanto ainda não dá pra saber se as mudanças ocorridas representarão transformações na comunidade como um todo.


Artigo apresentado para a disciplina de Realidades Econômicas e Políticas Regionais - UEMG Passos

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